Friday, October 26, 2012

Perfil: Quem é... Bela Gregório





Isabela Gregório é jornalista, fotógrafa e adora colorir os muros de São Paulo nas horas vagas. Apaixonada por arte contemporânea, especialmente de rua, fundou o coletivo “Efêmmera” que é dedicado à história das mulheres no graffiti.

Além do interesse por arte urbana, Bela também se aventura por trás das lentes de uma câmera desde 2008. Formada no curso Tecnólogo em Processos Fotográficos pelo Senac, ela fez sua primeira exposição individual na Casa Galeria Loly Dermecian, onde é artista representada.

O currículo dessa paulistana de apenas 21 anos ainda inclui cursos de história arte, retrato, documentário e a faculdade de jornalismo, a qual está finalizando esse ano.

Atualmente, trabalha como assistente de produção na Flint Brasil, onde produz o programa Vamos Combinar do GNT, além de uma série sobre cultura urbana para o canal TLC, da Discovery. No passado, já estagiou com edição de fotografia na revista Veja e fez alguns freelas como fotógrafa de eventos.

Bela ama a cidade de São Paulo e é defensora da criatividade e personalidade própria. Acha que as pessoas precisam acreditar mais em quem realmente são ao invés de seguir qualquer tipo de padrão.

Bela Gregório: O Rei do Instagram


Em uma das longas conversas no apartamento desse Dândi tão querido, houve um momento em que ele disse que se considerava um grande criador de imagens, muito mais que um estilista. Para mim, isso sintetiza claramente o meu interesse em escolher o Dudu Bertholini como tema da minha conclusão de curso na faculdade.

Muito mais do que um certo interesse por moda, roupas ou qualquer coisa relativa ao mundo fashion, eu me interesso por imagem. Escolhi a fotografia como principal paixão da minha vida aos 17 anos, e isso não mudou ainda.

Quando vejo a imagem do Dudu estampada seja lá onde for, eu enxergo personalidade, carisma, estilo e uma identidade imagética impressionante. Isso me fascina e me instiga a tê-lo como personagem principal de um livro.

Como fotógrafa, clicar o Dudu Bertholini  é uma espécie de oportunidade incrível misturada a uma vontade de mergulhar na imaginação. Afinal, ele é um personagem que pulsa criatividade e dá margem para arte com uma naturalidade gritante.

De fato, a Neon é uma consequência dessa mistura de cores, sentimentos, extravagancia, simpatia e claro, uma grande dose do bom e velho rock’n’roll, aliado ao talento indiscutível da parceira Rita Comparato.

Experimentar e vivenciar um pouco desse mundo poser, colorido, forte e encantador do Dudu foi uma das coisas mais gostosas do processo de gestação desse livro. Para uma garota de 21 anos que está começando a engatinhar em um projeto de vida profissional, toda conversa com esse mestre foi uma lição importante.


Dudu e o Instagram

Desde que mergulhei na vida desse criador de imagens, nunca mais me desconectei do instagram dessa figura tão marcante. Ao fuçar as atualizações praticamente diárias, não existe a menor possibilidade de não viajar nas formas e imagens que ele faz com o celular e uma ideia na cabeça.

Por causa disso, escolhi algumas das minhas fotos preferidas já postadas pelo Dudu para o encerramento desse texto. Afinal de contas, não existe maneira melhor de uma fotógrafa apaixonada por um mestre da imagem mostrar da onde vem todo esse encanto.









Wednesday, October 24, 2012

Wednesday, October 17, 2012

Mensagem da Marina

A modelo Marina Dias deixa uma mensagem querida para o nosso Dândi Tropical:







- Foi um prazer conversar e fotografar essa figura tão encantadora e cheia de personalidade que é a Marina. <3

Tuesday, October 16, 2012

Perfil: Quem é... Rejoice Sunshine

Rejoice Sunshine Strauss é mais conhecida como Sweetie Bird. Dançarina, blogueira e modelo alternativa, Rejoice é uma jornalista com um pezinho na moda, outro no universo do erotismo e dois dedos na gastronomia.


A paixão pela moda vem de longa data. Desde os 16 anos, quando percebeu que a roupa que vestia transmitia uma mensagem e que poderia se divertir com isso, Rejoice pesquisa e experimenta com estilos diferentes. No currículo, Desenho de Moda, Estilismo, Estilismo e Planejamento de Coleção, Modelagem e Corte e Costura se somam à faculdade de jornalismo, que finaliza. 

Aos 30 anos, Rejoice não é conhecida pelos falsos pudores. Co-fundadora do primeiro coletivo burlesco da América do Sul, foi uma das pioneiras no gênero de performance no país e se dedica a estudar a história e implicações do estilo. Modelo pin-up, Sweetie Bird também trabalha na produção de sessões de foto e vídeo com a temática.

Ter voltado ao curso de jornalismo não foi uma conveniência. Para quem se apaixona facilmente pelos mais diversos assuntos e gosta de se aprofundar, ler e escrever são uma necessidade. Blogueira freelancer, estagiou como editora de web da revista Maxim e comandou por mais de um ano o blog Sexo na Cidade, para o portal Época São Paulo. Hoje escreve para sites e portais com um foco voltado à sexualidade alternativa e comanda o Cozinha ao Ponto, videocast gastronômico que mistura sensualidade, estilo pin-up, receitas, entrevistas e cultura nerd.

Acredita que o Brasil tem excelentes estilistas. E gostaria que a imprensa de moda soubesse mais do que está falando.


Rejoice Sunshine: cliques, inspiração e taoismo

Não estranhem o texto abaixo. Nos próximos dias iremos postar os textos que entram como depoimento pessoal no memorial do nosso TCC, e que de, uma ou outra maneira, sintetizam o que este simbolizou para cada uma de nós. Comecemos pelo fim, comigo, que caí de paraquedas num projeto interessantíssimo. E super colorido.

Cliques, Inspiração e Taoismo

Em janeiro de 2005 eu ainda morava em Boa Vista (RR) e havia acabado de entrar para o curso de jornalismo na UFRR. Embora estivesse me propondo a estudar jornalismo, era com a moda que eu flertava desde 2000. De desenho de moda a estilismo e desenvolvimento de coleção, passando pelos estudos técnicos como modelagem e corte e costura, acumulei 582 horas de estudos na área entre a virada do século e 2008. E me orgulhava de assinar a primeira coluna de moda da Folha de Boa Vista, mesmo que  como freelancer, publicando o Estilo BV de março de 2004 a junho de 2006. É, é mais do que apenas um flerte.

Lembro dos primeiros desfiles da Neon. Acompanhava todos os desfiles das principais semanas de moda pela internet, e a moda brasileira passava por um momento incrível e revolucionário entre 2004 e 2005. Dudu Bertholini e Rita Comparato participaram como convidados do Amni Hot Spot em janeiro de 2004, com maiôs drapeados e algumas formas pelas quais mostram preferência até hoje, como as mangas amplas e a presença dominante de grafismos. Os mesmos grafismos, ainda um pouco tímidos, estiveram presentes da estréia da marca no SPFW, em janeiro de 2005.

Foi um período difícil de se ter um grande impacto. A indústria da moda brasileira ainda estava se recuperando do choque que havia sido o desfile Roupas de Papel (Jun Nakao - Junho de 2004), e fazia um exercício de auto crítica e reinvenção. No SPFW de outono-inverno 2005 estrearam, além da Neon, Giselle Nasser, Érika Ikezili, Fábia Bercsek, Samuel Cirnansck, Lourdinha Noyama e Pedro Lourenço (que ocupou grande espaço sob os holofotes por ter 14 anos e ser filho de dois grandes nomes da moda brasileira - Glória Coelho e Reinaldo Lourenço). No grande desfile de estréia da Neon na quinta maior semana de moda do mundo, cortes africanos, grafismos amplos e cores fortes. Lilian Pacce elogiou o frescor da marca, e destacou a luz que a mesma trazia para a moda brasileira. 

Foto: Acervo Neon
 "Uma luz forte que irradia laranja, turquesa, verde-bandeira, vermelho. Tudo tem uma graça: as modelos passeando pelas arquibancadas do teatro, as modelos rodopiando, à Saint Laurent nos anos 80, levantando a roda da saia. Graça também nos tops e vestidos tomara-que-caia que deixam a silhueta um balãozinho. Graça nos brincos de nozes. E até nas plataformas, um ícone anti-elegância por natureza, que eles conseguem sofisticar na forma e na estampa de bananeira ou palmeira." Lilian Pacce
Avancemos até 2012. Chego no último ano do curso de jornalismo da UMESP vivendo em um mundo incrivelmente maior, mais rico e mais colorido. Minha paixão pela moda enveredou para os lados do figurino, ampliei meus horizontes culturais e gastronômicos e desenvolvi um trabalho importante pesquisando e escrevendo sobre sensualidade e sexualidade, especialmente no campo da performance burlesca. Minha primeira opção de TCC foi o de produzir uma monografia sobre a validade jornalística da critica gastronômica. Sorte ter percebido, a tempo, que não teria a energia nem a disponibilidade para desenvolver um trabalho de tal quilate sozinha. A segunda opção foi olhar ao meu redor e buscar um projeto ao qual o meu currículo pudesse acrescentar algo.

Caí de paraquedas no projeto de livro da Bela Gregório e Lívia Rocha. Ainda não haviam definido o formato atual, de coffee table book (livro de mesa), nem acertado a abordagem. Era apenas Dudu. Sim, porque embora seja difícil separar o Dudu fashionista da marca Neon, ele é mais do que isso. É uma explosão multicolorida de ansiedade criativa, íconofagia, empreendedorismo e carisma. Dudu Bertholini é a pessoa mais eloquente e carismática que já conheci. E uma das mais inspiradoras. Como stylist, é visível a influência que ele tem sobre a marca que comanda ao lado da Rita. Ele consegue ser ao mesmo tempo uma diáfana odalisca da Belle Époque, um xamã africano em formas, cores e energias e uma máquina de trabalhar. Dudu Bertholini não para. E eu gosto disso.

Fiquei com a edição do livro e do memorial. Sim, o nosso coffee table book é produto da soma dos insights. É a soma da resposta das nossas sensibilidades. E os encontros necessários para a produção do todo, com as pessoas que compõe o universo do Dudu foram riquíssimos. A prova de roupa do SPFW, o desfile da Neon na SPFW em si, entrevistas, conhecer a família do estilista, bem como suas musas. As musas do Dudu... Além dele próprio ser uma musa, pudemos ver a influência do convívio com as mulheres que tanto o influenciam. Carô Gold, Marina Dias, Christine Yufon. A artista plástica chinesa, cujas obras tem forte influência taoista, emociona e inspira o estilista, e todos que a conhecem.

Toda conversa com Dudu é um brainstorming criativo. Dudu é o Dândi Tropical. Tropicalista, colorido, multifacetado, refinado, energético, forte, divertido, delicado, um furacão de referências. Seria quase impossível cobrir todo o universo de um personagem tão rico, então pinçamos a essência imagética. Falamos do estilista. Do stylist. Da pessoa. E lidamos com a sensibilidade. 

Algumas coisas são mais delicadas de se tratar. Nosso livro é sobre o Dudu, que é parte da alma da Neon. Aprendemos, nesse processo, a ter tato ao falar do passado. Que inspirar aos outros é algo que vem naturalmente para algumas pessoas. Que tocar no passado é falar de emoção. Nos inspiramos com o universo rico e intenso que é Dudu Bertholini, estilista e stylist que se destacou em um momento especial para a moda brasileira e que é parte importante do universo imagético desta indústria, tanto interna quanto como referência externa. Compartilhar essa inspiração é um dos objetivos de Dudu Bertholini - Dândi Tropical. 

Referências (a memória é falha quanto a datas e lugares):

PACCE, Lilian. Neon e Érika Ikezili, as estreias do SPFW outono-inverno 2005. Comentário publicado em http://msn.lilianpacce.com.br/desfiles/spfw-outono-inverno-2005-quarto-dia/ em 23 de janeiro de 2005.

TAVARES, Camila. Modelos rasgam roupa no desfile de Jum Nakao. Publicado em http://moda.terra.com.br/spfw2005verao/interna/0,,OI327252-EI3781,00.html em 17 de junho de 2004. 

YOUNG, Robb. A Fashion Identity Beyond the Beach. Matéria publicada em http://www.nytimes.com/2011/11/11/fashion/a-fashion-identity-beyond-the-beach.html em 10 de novembro de 2011.